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O que vem na nossa bagagem também vira souvenir!

  • Rosana Sperotto
  • 18 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Eternizar lembranças de passeios é prática que me seduz. Muito raro não encontrar alguma coisinha que me convide a trazê-la pra casa. É, as comprinhas fazem parte sim das nossas andanças, mas não só elas ocupam o porta-malas na volta. Maria Luiza, jardineira apaixonada e conhecedora das infinitas formas da natureza, promove um verdadeiro workshop pelas estradas, apontando e denominando árvores, arbustos, florzinhas do mato... Não raro, paramos o carro para recolher mudas de alguma lindeza que se atravesse no nosso caminho. No final, acabamos com uma coleção de sacolinhas com galhos e flores para fazer mudas nos nossos quintais, sempre na torcida para que vinguem.

Já eu, sucateira daquelas, como a maioria dos artesãos, vou recolhendo galhos, pedras, pinhas, quem sabe a sorte de encontrar um ninho abandonado de passarinho, ou, preciosidades como os toquinhos de madeira que iriam para o fogo da lareira no Bela Vista Parque Hotel, em Ana Rech. Meus olhos pararam naquele tesouro assim que entrei na sala e, pagando o mico de confessar, voltei umas três vezes lá para, disfarçadamente, colocar algumas das pecinhas no bolso. As companheiras já não se surpreendem com os garimpos inusitados, mesmo quando não conseguem projetar muito bem o destino dos "cacarecos". Enquanto isso, Jane vai colecionando histórias das parceiras recolhedoras de "lixo". Mas, enfim, as afinidades dão conta da compreensão das manias de cada uma, e o respeito também.

Os toquinhos tinham destino certo com suas formas de paredes e telhados. Logo que chegaram em casa já viraram casinhas, mas esta semana finalmente ganharam cenário. Colei ripas de madeira utilizadas para acender fogo (comprei um fardo lindo deles na Tenda do Guri, em Picada Café, na volta do passeio a São Francisco de Paula) para formar a parede de fundo e base. Depois, desenhei livre uma paisagem singela e brinquei com as tintas. Também as casinhas ganharam cores fortes, menos a igrejinha, uma peça valiosa pelo recorte perfeito da porta e janela (aquele toquinho queria se eternizar como templo, só pode...rsrs)

Tudo montado, a vila ganhou até um carrinho vintage, que também vai circular pelo trailer, mas, por enquanto, fica estacionado no primeiro souvenir handmade do Viajando.

Apaixonada pela proposta de transformar "achados por aí" em elementos recheados das nossas memórias "viajantes", inauguramos então a galeria de souvenirs do trailer. Tomara que curtam e se inspirem nas nossas ideias para inventarem moda também.


São Leopoldo - 2017

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