"Donos" de um sítio de cinema!
- Rosana Sperotto
- 7 de mai. de 2018
- 4 min de leitura

Quem não sonha com uma casa no campo, onde possa ficar no tamanho da paz e ter somente a certeza dos limites do corpo e nada mais? (rs) Vivemos essa experiência inspiradora por três dias no Sítio da Paz Celestial, em Nove Colônias, interior de Nova Petrópolis (RS), lugar que namorávamos há meses e que, sem dúvidas, foi uma das melhores locações que já experimentamos nas nossas andanças por pousadas, campings e aluguel por curtas temporadas. Imagine um parque com 11 hectares de natureza preservada, estrutura caprichada e hospitalidade cinco estrelas só para a gente! Assim é o sítio, superando todas as expectativas.

Qual menina não sonha com uma casa com janelas com corações recortados e jardins a perder de vista? Com chaminé de lareira, grama verde relva, vaquinhas pastando no vizinho, pássaros cantarolando pelas copas das araucárias e outras tantas espécies de árvores? Ok, sejamos justos: meninos também curtem tudo isso, ainda mais em um espaço com várias churrasqueiras, lago para pescar, campo de futebol...


Chegamos no início da tarde de uma quarta-feira ensolarada e fomos recepcionados pelo proprietário desse paraíso. Martim se deslocou de Porto Alegre, onde reside, para nos apresentar seu santuário vivo. Tamanha gentileza já anunciava que a hospedagem prometia um tempo de carregar as baterias do bem-viver. E assim foi, desde aquele primeiro almoço embaixo das árvores, em uma das mesas escolhida pelo luxo de abrigar uma samambaia no seu tampo. Nos deliciamos com o farnel preparado na véspera e um bom vinho, num astral de Toscana a 50 quilômetros de casa.

E como não cansamos de contar, que amamos cozinhar, os atrativos só foram crescendo conforme as horas passavam. Os gentis caseiros Josiel e Ana, um jovem casal dedicado à vida rural, se encarregaram de diversificar nossa despensa com os produtos da vizinhança, queijo e leite, com pão produzido por ela e galinha caipira da criação do sítio, e também ovos fresquinhos.

Nos fundos da casa, hortaliças, temperos e alguns legumes podem ser colhidos direto da estufa. Laranjas e bergamotas, do arvoredo espalhado por toda a propriedade. Conforme vai-se abastecendo a cozinha, anota-se num caderno o consumo e, na saída, deposita-se o valor dos gastos.

Uma fartura que rendeu quitutes deliciosos dos cafés da manhã, com panquecas, aos jantares com direito a velas.

As trilhas convidam a explorar cada cenário, um mais lindo que o outro. Mesmo com nossas limitações de mobilidade, minha mãe e eu conseguimos curtir pequenos percursos com ajuda da parceira sempre de fé Maria Luiza. "Roubamos" flores e laranjas, paramos para apreciar a infinidade de plantas e as surpresas do lugar...


... como a capelinha protegendo o sagrado com singularidade.

A casa, que conquista na entrada pelo cheiro gostoso de lenha queimada, conjuga o funcional (com todos os itens de uma ótima estrutura, inclusive roupas de cama e banho perfumadas como as de bons hotéis) com os detalhes delicados de um lar da serra. No térreo, cozinha equipada com fogão a lenha e a gás e uma variedade apaixonante de utensílios e louças; dois quartos de casal; sala com lareira e tv com Netflix; sala de jantar e banheiro (com toalheiro aquecido e secador de cabelo). No mezanino, o quarto da Branca de Neve e os Sete Anões, como batizamos (rs), com várias camas e iluminação linda do janelão.

Se já tínhamos os olhos brilhando com tanta beleza lá fora e bom gosto lá dentro, o salão de festas arrancou exclamações desde o momento que o avistamos ao longe. Como não imaginar celebrações inesquecíveis num cenário desses? - Dá até vontade de casar de novo - confessamos entrando na construção rústica, emoldurada de verdes. (rs)

O amplo espaço tem capacidade para até 50 pessoas, com toda estrutura de cozinha e serviço e decoração criativa, misturando materiais e estilos, com peças de aproveitamento de madeiras do lugar. Para uso dos hóspedes acima de quatro pessoas é cobrado um valor à parte e também taxa de limpeza, mas pode ser locado também apenas para festas.

Lareira, duas churrasqueiras (uma de rolete), fogão campeiro, vitrine com produtos da região, como vinhos, sucos, geléias, mel...

Tudo isso à beira de um dos açudes, onde teve um curto ensaio de pescaria ao lado do trailer. (rs)

No entorno, convites para acender uma fogueira para uma roda de conversa com chimarrão ou um fogo de chão para assados de muitas horas.

Assistimos o sol se despedir lá longe em dois dias cheios de luz...

E a lua quase cheia também deu o ar da sua graça num céu negro que só se vê no interior.

Abraçamos a natureza da colônia, chão que tanto bem nos faz, e tudo nela nos abraçou silenciosamente.

E como as afinidades movem o universo, a turma de gateiros encontrou um novo amor. Fred, nosso amado anfitrião, conquistou o coração dos quatro. Como um cachorrinho, nos fez companhia em todos os momentos. Caminhou ao nosso lado, seguiu na frente apresentando cada espaço (olha as fotos do salão de festas, sempre pertinho), pediu e ganhou muitos colos, sentou à mesa das refeições (rs), brincou no trailer, dormiu um pouco em cada cama... Nos despedimos com o peito apertado daquela saudade antecipada que as paixões despertam (eu, disfarçando as lágrimas - Vê se pode, seu lindo sedutor!).

Pelos caminhos emoldurados pelas taipas, a gente deu tchau a esse universo abençoado de calmaria com a certeza de que logo voltaremos para seguir explorando suas reservas inumeráveis de manifestações da mãe natureza.

Que os anões que guardam o portão de entrada desse reino digam amém. (rs)
Gratidão, Martim, por dividir tanto conosco.

Para ver muito mais e buscar informações sobre valores e disponibilidade, acesse o site: https://www.sitiodapazcelestial.com/
E lá fomos nós explorar Nove Colônias, um amor de lugar! Vem com a gente no próximo post!
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