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A epopeia da construção da nossa casinha de rodas

  • Rosana Sperotto
  • 15 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

O kit do presente mais cobiçado dos últimos tempos chegara há semanas, graças à sintonia com tia Dada, fada madrinha que leu e bancou meu sonho de consumo. Envolvida com os preparativos para o Natal, ficou ali guardado pra ser “saboreado” com todo tempo que merecia (e bem maior do que poderia supor inicialmente…rs). Abri algumas vezes, olhei a carcaça e os tantos pacotinhos transparentes com dúzias de pecinhas de diferentes materiais e, confesso, uma certa covardia embaçou o entusiasmo inicial. Voltava à caixa enquanto me encorajava a encarar o desafio de dar forma a um sonho tão antigo. Mesmo que em miniatura, ter um trailer para chamar de meu aquecia o coração. Então, chegou o dia de arregaçar as mangas da paciência e começar a descobrir o caminho para a montagem do cenário encantador que o manual me mostrava como uma isca para ir em frente.

Comecei pelos móveis, com olho grudado nas instruções (em inglês, pra complicar um pouco mais) e não demorou para confirmar o que já sabia: não nasci para exatidões. Uma tabuinha colada por fora, quando deveria ficar por dentro, tirava tudo do esquadro. E como descolar qualquer coisa quando se usou Super Bonder?! Com estilete e muito jeitinho. Logo fiquei craque nessa operação, como também em desgrudar os dedos, peça que a cola danada prega a todo instante quando se trabalha com miudezas. Mas a construção não rendia nesse faz e desfaz, e o plano B, vislumbrado desde o início, virou plano A: meu habilidoso mano assumiu a marcenaria, ufa!

E aí pude pisar no meu chão, imaginando e criando fofurices. Costurei colcha, almofadas, cortinas. Crochetei tapete, cestinho. Montei caixinhas, porta-retratos, quadrinhos, livrinhos, calendário (este uma tarefa de gincana com seus minúsculos detalhes)…

E chegou finalmente o momento de iluminar nosso pequeno lar. O lustre de cristal foi amor à primeira vista, e também a montagem que mais temia. Na minha frente, fios e miçangas e o gráfico, com o caminho das pedras (rs). Busquei até a genética do meu pai eletricista para confiar que daria conta do desafio e, muitas horas depois, pude dar o grito de guerra (viva!!!).

E com a genética comandando o espetáculo, coube ao irmão providenciar a fiação. Como passar fios por dentro de um miniespaço? As mãos parecem gigantes, os movimentos, quase cirúrgicos. Só mesmo uma paciência de Jó para dar conta do recado, ainda mais com uma irmã ansiosa em volta.

Já era noite quando se fez a luz, e o cenário ganhou a aura da felicidade. Suspiros e mais suspiros e mais suspiros… Não tinha como parar de olhar e exclamar “que lindo!!” a todo instante. Mas já era sexta-feira, véspera da nossa primeira viagem, e tínhamos que arrumar as mochilas para o passeio com as sócias. Ah, sim, durante as semanas de montagem o brinquedo novo ganhou um sentido muito maior, virou protagonista do projeto “Viajando com nosso trailer”, ideia luminosa nascida junto com as amigas “viajadoras” Jane Catarina de Oliveira e Maria Luiza Santos Soares.

E aqui estamos nós, com o trailer na bagagem, junto com a caroneira-mor, minha mãe, Lili, na estrada a caminho de … (contamos nos próximos post, logo,logo!)


 
 
 

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São Leopoldo - 2017

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