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Pé (e coração) na estrada rumo a… Pinto Bandeira!

  • Maria Luiza Santos Soares
  • 20 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

Pensamos um turismo mais acessível tanto do ponto de vista financeiro como físico. Um turismo que poderíamos dizer amador, mais interessado na gentileza genuína de quem recebe uma visita. Também gostamos do próprio passeio. Da paisagem que vai surgindo e das guloseimas que cada uma traz na cesta. Nesta estreia, pastel de massa caseira preparados pela irmã da Jane, bolo de figos da Preta (Rosana) e chimarrão foram consumidos pela estrada afora como nos tempos dos passeios da escola. Desta vez ainda não levamos a farofa, mas aguardamos ansiosas pelo momento farofeiras nos próximos roteiros(rs). Curtimos as flores organizadas em renques e jardins, mas também das baldias. De morros, campos e plantações, e árvores floridas…

Vamos saindo de São Leopoldo no sábado de céu emburrado pela BR-116, atravessando a ponte do rio dos Sinos calmo e de barrancos pelados. Pegamos à esquerda na Scharlau pela RS 122, com destino a Pinto Bandeira, maior produtor de pêssegos do Brasil e uvas, muita uva!, ambos na sua época de colheita. As formas geométricas de matos, plantações de milho, mais adiante pêssegos, parreiras vão causando as exclamações das companheiras. São casas bem cuidadas com jardins e pomares como não vimos no nosso entorno.

Lírios brancos crescem livres à beira da estrada, até chegarmos ao caminho das rosas, quando nos aproximamos de Pinto Bandeira.

Sempre preferi ir para a Serra ela BR 116, pela Rota Romântica, com seus plátanos que mostram cores diferentes para cada estação do ano, mas a de São Vendelino também tem suas belezas, como um bosque inteiro de quaresmeiras floridas anunciando o outono, em espetáculo à parte. Fomos obrigadas a dar uma paradinha para admirar. Surpreendeu-nos como a natureza foi montando aquele jardim. Árvores nativas, soltas na natureza, são capazes de se reproduzirem a este ponto!

Antes de chegarmos na pousada, na estrada de Pinto Bandeira, fomos conhecer o centro da cidadezinha, emancipada de Bento Gonçalves em 2012 e com cerca de 3 mil habitantes, com o miolo característico do interior: a igreja e a praça e não mais que meia dúzia de moradores circulando naquele horário da sesta.

E seguimos para a renomada Vinícola Geisse, criada a partir de um encantamento de Mário Geisse. Chileno, ele conviveu com a produção de uvas desde a infância, onde se produzia o pisco. Enólogo, trabalhou em diferentes vinícolas. Na Chandon, percebeu o potencial de Pinto Bandeira onde investiu todo o seu conhecimento acumulado para dar vida à Cave Geisse, que centra sua produção em espumantes. Na vinícola pode-se acompanhar uma visita orientada de uma hora e, após, fazer a degustação. Depois, há a opção de retirar-se o custo da visita em produtos da Cave.

Um trailer retrô foi a isca para planejarmos a visita. Sonhamos estacionar nosso pequenino junto a ele e produzir belas imagens, mas já chovia fino e o espaço, que se transforma em um pub a céu aberto em dias de sol, estava desativado. Mal o fotografamos do carro mesmo e nos prometemos voltar em outra ocasião.

Rumamos para a pousada, escolhida pela localização, autenticidade e valor acessível. Jane e Rosana já tinham estado lá há alguns anos e guardavam boas lembranças. Na foto, uma revelação: não resistimos aos roseirais e um galho “caiu” no colo para tentar reproduzir um pouco de tanta beleza (rs).

Instaladas na Pousada Fornasier, montamos um piquenique com minha torta fria, os pastéis, bolos (Preta dará a receita por aqui em breve), chocolate e o vinho maravilhoso da Geisse (produzido no Chile por Mario). Chegamos no nosso destino perto das duas da tarde, e neste horário fica difícil almoçar por ali, os raros restaurantes já estão fechados.

Na sacadinha de um dos quartos, arrumamos a mesa para o almoço, vendo ao longe Bento Gonçalves e a paisagem que anunciava um delicioso invernico em pleno fevereiro.

E enquanto isso nosso trailer continuava aguardando o momento para entrar em cena, já que sua modalidade não é à prova d´água (rs). E isso só aconteceria na manhã do dia seguinte, quando o domingo acordou com sol para a alegria das quatro viajantes, nosso próximo post. Sigam o passeio conosco! Ainda tem muita coisa bacana por vir!!​



 
 
 

São Leopoldo - 2017

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