top of page
Buscar

Um pulinho na Páscoa da serra

  • Rosana Sperotto
  • 15 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Quinta-feira Santa, sol brilhando forte e uma vontade grande de colocar o trailer na estrada. Sem programa organizado para o feriadão e com o privilégio de estar a menos de 100 quilômetros de um roteiro bate/volta, os apelos do Coelho de ir ao seu encontro na serra gaúcha me seduziram. As parceiras Jane e Maia Luiza, comprometidas com o trabalho, não poderiam acompanhar o passeio relâmpago. Então, com o marido de motorista, a mãe de caroneira mor e a amiga/irmã Regina estreando no projeto “Viajando com nosso trailer”, pegamos a BR 116 um pouco antes do meio-dia rumo a Nova Petrópolis.

A Rota Romântica, entre São Leopoldo e Gramado, começa a ganhar levemente o dourado das folhas dos plátanos, árvore símbolo do trajeto turístico. Em todas as estações, encanta pelo verde que em alguns trechos fecha-se em túneis e em clareiras que desenham os raios de sol.


Fizemos uma primeira parada para almoçar na BR mesmo, quase chegando em Nova Petrópolis, na Tenda do Guri, lugar muito simples e com comida caseira, com destaque para as sobremesas e preço bem justo: 17,00/pessoa. Ali também pode-se fazer um pequeno rancho de produtos coloniais: ovos caipiras, pães, linguiças, feijão, rapaduras…


E seguimos… o Coelho nos esperava logo ali em frente! Já na entrada da cidade o clima se anuncia com seu espírito lúdico. Espírito que se multiplica numa passadinha na tradicional loja Kukos, uma perdição aos meus olhos infantis (rs). A proposta é uma visitinha, mas a vontade é de passar horas naquele universo de criaturas delicadas e sons suaves. É a excelência européia de fazer o criativo bem feito e com detalhes primorosos. Os relógios alemães contam histórias pelos seus personagens e cenários, e são muitos, paredes forradas com as obras de arte que, de quando em quando, abrem suas janelinhas para os passarinhos anunciarem a hora e as pequenos moradores criarem vida em movimentos ritmados.

Muito além dos cucos, a gente se perde na fantasia das peças “de outros mundos” …


Miniaturas de caixas de música clássica (do tamanho de caixas de fósforo), fofuras pascoalinas, bibelôs de diversas temáticas e materiais… Como não lembrar de tantos queridos e segurar o impulso de levar lembrancinhas para todos? Quando chego nesse momento só uma retirada estratégica me salva (rs).


Chegamos finalmente à Praça das Flores, reduto da Magia da Páscoa, onde ninhadas de coelhos de diferentes tamanhos recepcionam a criança que vive em nós e os pequenos turistas no melhor astral da data.


Tapetes gordos de “beijinhos” de tons vibrantes, junto a outras espécies, fazem da praça um espetáculo de arregalar os olhos e alegrar o coração. Não é por menos que a cidade tem o título de Jardim da Serra Gaúcha. Por onde a vista alcança, canteiros e mais canteiros, um mais lindo que o outro. E aí, com tanta fartura de beleza, onde estacionar o trailer?

Melhor circular com ele e curtir o clima do espaço mágico como uma criança faria – decidi, em meio à euforia das possibilidades de imagens bacanas. Então ele passou um tempinho aos pés do casal orelhudo gigante, enquanto observávamos o movimento frenético dos aluninhos visitantes. Na segunda parada, no cenário de calmaria de um canteiro onde o Coelho chefe produz ovos e pirulitos gigantes. Seria a oficina das gostosuras? No meu imaginário, a atmosfera da Páscoa tem essas cores, essa luz, essa paz, e ouso acreditar que ele adoraria pernoitar na nossa casinha de rodas e descansar de todo corre-corre (rs) .


Muito pra ver, deixamos o trailer sob os olhares curiosos de alguns e circulamos pelos convites às brincadeiras…

Como evitar o clichê quando ele pulsa forte no ar? Um viva à criancice que nos mantêm abertos às alegrias possíveis! Gratidão aos companheiros do passeio que embarcaram na vibe do projeto. Gratidão ao nosso pequeno sonho que vem nos direcionando a horizontes inexplorados, pelos caminhos de terras firmes e internos, de nossas almas inquietas.

Feliz Páscoa, queridos seguidores das nossas andanças!

 
 
 

Comments


São Leopoldo - 2017

bottom of page