O lamentável estado do berço da colonização alemã
- Rosana Sperotto
- 25 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

Há poucos dias estacionamos nossa casinha de rodas no pátio da histórica Casa da Feitoria e Museu do Imigrante, aqui em São Leopoldo, berço da colonização alemã no Rio Grande do Sul. Em 25 de julho de 1824, 39 imigrantes chegaram ao seu destino, se instalaram na Casa e deram início a uma trajetória de muito trabalho e, ao longo do tempo, foram responsáveis por muito da prosperidade da região.

O que encontramos ali foi uma cena triste de um patrimônio tão abandonado que há três anos o visitante não tem mais acesso ao belo prédio em estilo enxaimel (antiga técnica na qual uma estrutura de madeiras encaixadas tem seus vãos preenchidos com tijolos ou taipa) já que suas péssimas condições se configuram em risco.

Com uma nobre tentativa de devolver nosso cartão postal à comunidade e angariar fundos para sua recuperação, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo e sua associação vem promovendo mensalmente o evento "Pode entrar, a casa é tua", uma festa bonita que conferimos na última edição, com tema junino.

O pátio abriga nas tardes do segundo sábado de cada mês uma feirinha de artesanato, comes e bebes, brincadeiras, num astral gostoso de festa do interior.

Ficamos muito bem impressionados com a receptividade do público. Gente de todas as idades chegando com suas cadeiras e chimarrão, famílias curtindo o espaço e prestigiando, de alguma forma, nossas raízes.





No aniversário da cidade, fica nossa torcida para que as correntes do descaso com a nossa história, consequentemente com seu potencial turístico, sejam revistas e se vislumbre um panorama que honre seu título e dê subsídios para que os visitantes e as novas gerações conheçam mais de perto a vivência dos seus pioneiros.
Comments