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Cenário de filme na encosta dos Aparados

  • Maria Luíza Santos Soares
  • 16 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

No dia do aniversário de dois anos do blog, levamos nosso mascote em direção à Cascata de Chuvisqueiro, no município de Riozinho. A Jane tinha este desejo de conhecê-la há muito tempo. Água e sanduíches na cesta para enfrentar o calorão do último domingo, partimos de São Leopoldo pela BR-116 e entramos à direita em Novo Hamburgo, na RS-239 que atravessa a RS-020 em Taquara. Sempre achei que fossem duas estradas, afinal, é preciso andar mais de cem metros pela 020 para continuar o caminho.


Lindas paisagens na estrada plana, repleta de campos e matas. Fomos direto à Cascata por mais 10 quilômetros de estrada de chão depois do Centro de Rolante. O lugar é realmente deslumbrante, mas pra quem gosta de natureza aconselhamos visitas durante a semana, ou no sábado, porque no domingo estava abarrotada. Como fica numa área particular, a lotação não tem limite. Estavam ali mais de mil pessoas. Tinha gente assando churrasco até quase dentro da água! Fora as regras de recolher o lixo, tudo mais é permitido. Achamos que seria muito melhor se houvesse uma limitação no número de visitantes. Pagam-se dez reais com direito a permanecer todo o dia. Os carros podem ficar próximos com um acréscimo de 5 reais. Eu tinha a visão da cascata da década de 1980. Pura natureza e aquela queda de 76 metros de altura caindo em um pequeno lago de 15 metros de profundidade. Infelizmente, porém, nos deparamos com aquela multidão que ocupava toda a área, inclusive uma pequena gruta que fica num dos paredões, onde há uma estrutura com cordas para a prática de rapel.

Nossa visita foi cortada por uma tromba d’água que mudou rapidamente a paisagem, mas que criou um fenômeno especial. Por minutos, o vento arrastou a cascata fazendo com que desaparecesse! Com a chuva, deixamos Chuvisqueiro e fomos conhecer um pouco de Rolante, Capital Nacional da Cuca, já que nosso roteiro incluía a rota turística Caminho das Pipas.

Cidade natal de Teixeirinha, o município situado no Vale do Paranhana apresenta a mesma topografia da Região das Hortênsias, mas menos explorada turisticamente. Seus limites ficam entre Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, Riozinho e Taquara. Por ali passa a antiga rota dos tropeiros, desde o século XVIII, mas seu povoamento veio mais tarde. A primeira leva de imigrantes alemães vindos das primeiras colônias se deu em 1882. Em 1890, chegaram algumas famílias de ítalos-brasileiros, na antiga localidade de Nova Trípole. Mais tarde, em 1924, houve uma nova imigração de teuto-brasileiros.


O nome da cidade vem do rio batizado de Rolante, que corre freneticamente por cascatas desde as nascentes nos Aparados da Serra, até acalmar-se em seixos nas várzeas alagáveis nos períodos de fortes chuvas. E é, justamente, neste vale a sede do município. São comuns pequenas pontes de madeira e cabos de aço para facilitar os caminhos entre as propriedades. Mas é nas montanhas que se descobriu o talento para a vitivinicultura, que se desenvolve nas áreas de altitude que pode chegar a pouco mais de 800 metros, ideais para o plantio de uvas.


A Rota das Pipas inclui vinícolas de economia familiar. O talento é antigo, mas os vinhos inicialmente eram produzidos de forma artesanal. Atualmente, oito vinícolas fazem parte do roteiro, localizado há 17 quilômetros do centro, na localidade de Boa Esperança. Eita nome lindo de lugar! Vinhos coloniais e sucos são o forte da região, que também já produz vinhos mais elaborados como merlot e cabernet.


E fomos adiante para conhecer um lugar muito especial. Segue com a gente que já mostraremos!


 
 
 

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